Carta de Brasília sustenta que o Estado no Brasil viola os direitos humanos do presos (ABr)

A Carta de Brasília sustenta que “a ausência do Estado e de investimentos
adequados no sistema prisional afronta a Lei de Execução Penal, viola direitos
básicos dos detentos e fortalece as facções criminosas que atuam nos
presídios”.
O documento defende que "a supressão ou redução de atribuições do Ministério
Público na proteção individual e coletiva dos presos ou investigação de crimes
implica enfraquecimento do Estado Democrático de Direito e prejuízo da defesa
dos direitos e garantias individuais”. O MP deve, também, segundo a Carta de
Brasília, participar tanto da formulação de políticas públicas de execução de
pena quanto da sua fiscalização.
A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, da Presidência da República,
Maria do Rosário, compareceu ao encontro e disse que "as violações mais duras
que existem no país no campo dos direitos humanos acontecem dentro do sistema
prisional". Ela lembrou que o Brasil referenda regras sobre o assunto assinadas
por organizações internacionais, por isso "não pode abrigar o crime da tortura.
O que o país precisa é atender aos preceitos humanos e não se preocupar apenas
em fugir da visão crítica dos outros países" nessa questão.
Maria do Rosário diz que a sociedade precisa ser inserida na discussão e
ajudar a mudar o quadro de superlotação carcerária, onde falta atenção à saúde e
medidas para reinserção social dos presos. Segundo ela, "os meios de comunicação
devem participar da construção de um sistema prisional mais justo, sem a
preocupação de fazer escândalos sobre a violência".
Fonte: Agência Brasil
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